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Corrida do Campo Pequeno - A visão do ganadero

2010-07-23

Foi, globalmente, uma grande noite de toiros; foi gratificante sentir as ovações que, de saída, alguns toiros ouviram. Senti o público metido na corrida e, sobretudo, nos toiros; senti o respeito que o público manifestou pelas sortes que se executavam aos toiros. Numa primeira análise a corrida teve duas partes bem distintas: a primeira em que os toiros impuseram respeito e seriedade e "pediram os documentos" aos toureiros, e a segunda em que os toiros foram de molde a proporcionarem o êxito aos toureiros.

De realçar que não houve toiros com querenças em tábuas, todos eles tiveram lide. De notar também, a mobilidade dos toiros apesar do enorme tamanho e peso.

 1º Triunfador, n.º 32 lidado por Luís Rouxinol: toiro muito sério com uma saída fria, carregou bem depois do 1º ferro; quando chegava à jurisdição do cavalo faltava-lhe humilhar um pouco; apontou, mas não disparou .... Cumpriu a secas.

2º Cabeludo, n.º 40 lidado por Vítor Ribeiro: humilhou bem, mas com o avançar da lide foi ficando tardo, embora pedisse distâncias mais curtas; de qualquer modo, faltou-lhe entrega.

3º Rouxinol, n.º 22 lidado por João Salgueiro da Costa: teve uma saída enraçada a que se seguiram investidas vibrantes; pedia que o citassem e lhe fizessem as coisas com tranquilidade, como devem ser feitas no toureio, mas nada disso aconteceu; de certeza que não se inteirou do que queriam dele... foi pena; às tantas, ficou reservado

4º Vigoroso, n.º 37 lidado por Luís Rouxinol: saída alegre, com muitos pés, emprega-se uma barbaridade nas primeiras investidas; mostra grande nobreza na forma como investe para o cavalo, humilha muito e tem muita mobilidade, galopando com som; perde uma migalha de "gás" e vem um pouco a menos; toiro de êxito, com a lide certa e no timing certo. 

5º Capela, n.º 2 lidado por Vítor Ribeiro: toiro com muita qualidade de investida, mas com pouca força; acusou mesmo um problema de pernas que lhe sobreveio durante a lide; deveria ter sido lidado por direito e não dobrado em círculos apertados; quando o cavaleiro se apercebeu disso, já era tarde... Pedia um cite templado, que não apareceu. Mostrou grande fijeza e também muita nobreza.

6º Rabiamala, n.º 39 lidado por João Salgueiro da Costa: toiro extraordinariamente voluntarioso, que suportou dignamente o primeiro ferro nas costelas! Galopou incansavelmente com tranco e classe, não parou de investir desde que saiu à arena. Humilhou muito e teve recorrido nas investidas; foi pena o desencontro... Teria sido um fechar de noite com chave de oiro!

 

 

 

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